19 de Março de 2024

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Património Edificado

Pelourinho – Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR, 1933.

Símbolo de autonomia municipal, social e jurídica está implantado no centro da Vila.

Monumento Classificado pelo IPPAR, o Pelourinho hoje existente é já uma reconstrução que aproveitou elementos componentes do primitivo.

É de pouca dimensão e possui um único degrau circular com o bordo superior boleado. No degrau pousa uma pequena placa, alusiva à sua reconstrução. A base da coluna é de forma circular de feição lisa, seguida de um tronco de cone cavado, com rebordo superior e inferior bem salientes e boleados. O fuste desenvolve-se em forma cilíndrico, liso de acabamento. O topo é completado com uma série de aneletos seguidos de um elemento cilíndrico com o mesmo diâmetro do fuste, mas com pouca altura, que possui uma emenda a meia altura. O remate com a forma de taça de bom diâmetro possui o bordo superior emoldurado com formas dentilhadas. Do meio deste elemento parte uma grimpa de ferro em forma de cutelo.

Painéis de Azulejos

Ao lado do edifício dos Paços do Concelho, no centro da Vila de Mira, pode-se encontrar um conjunto de 13 painéis de azulejos pintados à mão. O conjunto é de composição figurativa, monocromática, em azul-cobalto sobre fundo branco, com temas representantes de cenas da vida piscatória e agrícola, bem como do património arquitectónico e paisagístico, respeitantes à região do Município de Mira no inicio do século XX.

Jardim do Visconde

O jardim do Visconde da Corujeira, estrategicamente localizado no Coração da Vila de Mira, oferece o encanto e a magia de um espaço e possíveis trilhos com inúmeros significados, que importam descobrir e usufruir.

Foi outrora o Jardim particular da Casa do Visconde da Corujeira (Reinaldo Augusto Moreira da Costa e Silva – 1869-1953). Figura Mirense de prestigio, que aqui criou uma espécie de jardim exótico com plantas e animais sobre os quais ainda hoje se contam histórias (os ossos da Baleia, os pombos de rabo de leque, plantas e árvores raras, etc) e cuja presença se reflecte nas conversas diárias do nosso povo, para além da real existência de alguns exemplares botânicos com aproximadamente um século de idade.

Actualmente é um espaço verde público, onde as existências de uma mescla de espécies arbóreas originárias de diferentes partes do planeta desde os trópicos até à Zona Boreal tornam este jardim bastante curioso e agradável, destacando-se o maior exemplar: a Araucária de Norfolk (Araucária heterophyllal), com cerca de 26 metros de altura e 2,7m de diâmetro à altura do peito.

Igreja Matriz de Mira - Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR, 1967

A Igreja Matriz de Mira, de construção datada de 1690 por ordem do Bispo João de Melo, sofreu profunda reforma já no século XIX, voltando a receber intervenções em 1972 e 1981.

De arquitectura religiosa, barroca e oitocentista, é um típico edifício provinciano do final de seiscentos, de planta longitudinal e paredes muito planificadas, reformado em oitocentos, destaca-se no interior os azulejos rococó. As pinturas do tecto são setecentistas com retábulos de transição do século XVII/XVIII. Os azulejos e empena, bem como o segundo corpo da torre, são do Século XIX.

Exterior
Planta longitudinal de nave única; fachada com torre sineira adossada a S, enquadrada por cunhais rusticados; pórtico, rectangular com 2 volutas enquadrando um nicho com escultura do Padre Eterno encimada por dois janelões e óculo.

Interior
Tecto de madeira em caixotões com pinturas de rótulas; 2 capelas laterais; paredes da nave revestidas a silhares de azulejos formando 13 composições com cenas da Paixão; retábulos com colunas salomónicas ornadas de parras.

 

Capela de Nª. Sr.ª da Conceição

Dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a Capela da Praia de Mira foi mandada erigir em 1843 frente ao mar.

É um dos exemplos vivos da construção em madeira que, fruto da devoção religiosa e carinho dos pescadores mantém a sua traça e localização original. É visitada e cuidada pelos pescadores e suas famílias que aí invocam protecção e agradecem graças concedidas, sobretudo nas vidas e lides ligadas ao mar que ainda hoje fazem parte da rotina desta vila.

 

Outras Capelas e Igrejas

Em todos os lugares do Concelho os preceitos religiosos também podem ser praticados.

Igreja Matriz de Seixo de Mira dedicada a Nossa Senhora do Carmo

Igreja Matriz de Praia de Mira dedicada a Nossa Senhora da Conceição

Capela da Ermida dedicada a Nossa Senhora do Ó

Capela de Portomar dedicada a Nossa Senhora do Carmo

Capela da Corujeira dedicada a Santa Marinha

Capela do Corticeiro de Baixo dedicada a S. Bento

Capela de Carapelhos dedicada a Nossa Senhora da Conceição

Capela da Presa dedicada a S. Miguel

Capela dos Leitões dedicada a Nossa Senhora da Viagem

Capela da Lentisqueira dedicada a Nossa Senhora do Amparo

Capela da Barra dedicada ao Senhor dos Aflitos

Capela do Ramalheiro dedicada a Nossa Senhora da Luz

Capela do Casal de S. Tomé dedicada a S. Tomé

Capela do Arneiro dedicada a Nossa Senhora da Consolação

Capela do Colmeal dedicada a S. Pedro

ESTÁTUA DO INFANTE D. PEDRO REGENTE DO REINO / DUQUE DE COIMBRA / SENHOR DE MIRA (1392 - 1449)

O Infante D. Pedro, filho de Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre, foi quem concedeu autonomia administrativa à Vila de Mira, em 12 de Julho de 1448, assim como diversos privilégios para fixar a população e desenvolver a localidade. No centro da Vila, entre Aveiro, Coimbra, Buarcos e o mar, local esse onde se entrecruzaram ao longo dos tempos as mais variadas facetas e manifestações da velha vida administrativa da região, encontra-se a primeira estátua a ser erguida no País em homenagem ao Infante. Da autoria do escultor Alves André, desde 1996 que representa o justo reconhecimento da autarquia e da população a uma figura que tanto relevo teve para as Terras de Mira.

Monumento aos Mortos da I Grande Guerra Mundial

Promovido por uma Comissão Executiva local, constituída por antigos combatentes da 1ª Grande Guerra, onde se destaca Maia Alcoforado, o Monumento encontra-se no Jardim da Vila de Mira em frente à Casa do Visconde e Igreja Matriz. Homenageia aqueles que morreram em defesa da pátria, na I Grande Guerra Mundial.

Estátua do Pescador

Em lugar de destaque na Praia de Mira, em frente ao mar e junto à Capela de Nossa Senhora da Conceição, padroeira dos pescadores desta praia e “em homenagem à terra e gente da Praia de Mira” encontra-se a Estátua do Pescador, obra do escultor Alves André.

Representando as embarcações utilizadas nesta vila piscatória e toda a família do pescador, este é um monumento de homenagem a todos os Pescadores da Arte, homens orgulhosos da sua vida, da faina dura que aguentam, das mulheres que sempre os acompanham e do filho que representa um futuro de continuação.

 

Busto do Visconde da Corujeira

Reinaldo Augusto Moreira da Costa e Silva (1869-1953), recebeu a carta de Visconde da Corujeira, passada pelo Rei D. Carlos em 1890. Ainda hoje é figura de grande consideração e prestígio em Mira, quer pela posição social que ocupou, quer pelo bom trato e afecto para com toda a população. Todo o Centro da Vila composto por área ajardinada, bem como o edifício que outrora foi a sua habitação, são património municipal.

Em sua homenagem, há em Mira um busto em bronze alusivo à sua figura, no centro da localidade da Corujeira, inaugurado em 5 de julho de 1997.

Busto do Dr. Mário Maduro

Junto ao Centro Cívico de Mira, foi erigido no 10º aniversário do seu falecimento, em 1992 um busto do antigo Presidente da Câmara, Dr. Mário Maduro. Trata-se de uma obra da autoria de Gustavo de Bastos.

 

Estátua da Mãe Gandaresa

No Seixo, em 6 de maio de 2001, numa justa homenagem à mulher da região da Gândara foi erguida a Estátua da MÃE GANDARESA. Figura em pedra calcário, da autoria de José António Plácido, representa uma Mãe Gandaresa em avançado estado de gravidez segurando com as mãos o ventre protegendo o seu futuro rebento. A seu lado mais dois filhos, sendo esta a melhor forma de retratar as famílias numerosas existentes nesta região há décadas atrás.