09 de Outubro de 2024

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Ambiente

Situado no litoral centro de Portugal e com uma superfície aproximada de 123 km², plana ou ligeiramente ondulada, o Concelho de Mira é dominado por dunas sedimentares de origem muito recente. Esta região costeira, também designada por "Gândara", é dominada por uma frondosa e extensa floresta de pinheiro-bravo (Pinus pinaster).

Devido a essa grande floresta, um pouco mais de metade do território de Mira está classificado de "Zona Especial de Conservação do Sítio Rede Natura 2000 – Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas" – um estatuto ambiental europeu para a proteção dos habitats e suas espécies. Por sua vez, parte da sua zona marítima e do canal de Mira - na área de sapal do Areão de Mira - pertencem à "Zona de Proteção Especial do Sítio Natura da Ria de Aveiro" - um decreto para a proteção da avifauna aquática e salvaguarda da biodiversidade.

Quem passeia e usufrui pelas terras de Mira, sobretudo na pista ciclopedonal - cerca 26km de extensão - e pelos diversos percursos pedestres - 6 percursos com cerca de 55,6km de extensão total) sente as diferentes paisagens e habitantes que vai atravessando: desde o oceano e orla costeira dunar, seguida por uma mancha verde florestal assente em dunas, retalhados campos agrícolas junto às povoações, diversos cursos de água e por belas duas lagoas de água doce - a Barrinha Mira e a Lagoa de Mira.

Estes habitats distintos acolhem dezenas de populações ímpares, onde flora e fauna coexistem. Aqui estão inventariadas mais de 200 espécies de aves, 12 de peixes, 13 de anfíbios, 12 de répteis e 22 de mamíferos. Nas plantas, entre herbáceas, arbustivas e arbóreas, podemos encontrar mais de 400 espécies florísticas. São estes os mundos de escala menor que o convidamos a explorar!

Um agradável cenário paisagístico que convida à visitação. Desejamos-lhe um ótimo passeio na descoberta da natureza e da sua biodiversidade, a par com o importante património cultural e arquitetónico que aqui existe.

    

 

Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (PIAAC-CIM-RC)
 
O clima tem-se alterado ao longo da História. Nos últimos 650.000 anos ocorreram sete ciclos de glaciações (alterações climáticas naturais de período longo com cerca de 100.000 anos), que terminaram na última glaciação há cerca de 7.000 anos. A maior parte das alterações climáticas verificadas foram atribuídas a variações diminutas da órbita terrestre que alteraram a quantidade de energia solar que o nosso planeta recebia.
O padrão atual de aquecimento tem uma importância particular uma vez que a comunidade científica atribui a sua principal causa aos fatores antropogénicos, o que, associado a um ritmo nunca observado nos últimos 1.300 anos, constituem um dos maiores desafios ambientais à escala global deste século.
 
A capacidade do dióxido de carbono (CO2) e de outros gases de efeito estufa (metano, CH4, e óxido nitroso, N2O) em captar energia em forma de calor foi demonstrada a meados do século XIX. Através da análise de núcleos de gelo recolhidos na Gronelândia e Antártida demonstrou-se que o clima da Terra responde a alterações nos níveis dos gases de efeitos de estufa (GEE). 
Também se mostrou que, no passado, alterações drásticas no clima ocorreram de forma rápida (em termos geológicos): em centenas de anos e não em milhões ou milhares de anos. Estas análises dos núcleos de gelo permitiram recuar no tempo e “visualizar” a atmosfera terrestre e o clima passado, tendo evidenciado que os níveis de CO2 na atmosfera são superiores aos níveis verificados nos últimos 400.000 anos 
Variações dos níveis de CO2 atmosférico ao longo dos últimos 400.000 anos (fonte: https://climate.nasa.gov)
 
Durante as glaciações, os níveis de CO2 rondaram as 200 partes por milhão (ppm), e durante os períodos interglaciares mais amenos, subiram até às 280 ppm. Desde 1950, que os níveis de CO2 na atmosfera ultrapassaram as 300 ppm, tendo vindo a aumentar continuamente desde essa data, tendo em 2013, ultrapassado, pela primeira vez desde que há registos, as 400 ppm.”
Dos três gases com efeitos de estufa mencionados acima, o CO2 é o que provoca um maior forçamento radiativo na atmosfera. Tendo em conta que as principais fontes de emissão de CO2 são a queima de combustíveis fosseis (carvão, petróleo e gás natural) e a desflorestação (até 25% das emissões globais), se a exploração que é feita atualmente continuar ao mesmo ritmo, o CO2 continuará a aumentar, podendo atingir níveis da ordem das 1500 ppm. Desta forma, nos próximos milhares de anos futuros será impossível regressar aos níveis de CO2 pré-industriais. 
Estamos assim, hoje, perante uma nova Era Geológica a que alguns investigadores nomearam de “Antropoceno”, em virtude do impacte global significativo das atividades humanas no clima da Terra e no funcionamento dos seus ecossistemas.
In PIAAC-CIM-RC, set. 2017.
 
“A sustentabilidade e a transição para uma economia mais segura, neutra em carbono e resiliente ao clima, mais eficiente na utilização dos recursos e circular, constituem fatores de competitividade de longo prazo para a economia europeia. Assim, será necessário investir na transição para um modelo económico que contribua para os objetivos ambientais definidos a nível europeu, nomeadamente: atenuar os efeitos das alterações climáticas; promover a adaptação às alterações climáticas; promover a utilização sustentável e a proteção dos recursos hídricos e dos recursos marinhos; assegurar a transição para uma economia circular, e a prevenção e a reciclagem dos resíduos; assegurar a prevenção e o controlo da poluição e a proteção da biodiversidade e restauração dos ecossistemas.” 
In Carta de Compromisso para Financiamento Sustentável em Portugal, 2019.
 
A Neutralidade Carbónica tem o comprometimento de atingir um equilíbrio global entre emissões e remoções de gases com efeitos de estufa na segunda metade do século. Portugal pretende cumprir tal meta até 2030. Vamos a tempo? Compete a cada um de nós reduzir a nossa “pegada ecológica”, para que em conjunto consigamos cumprir esta ambiciosa missão.  
 
A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra considerou prioritário elaborar um Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (PIAAC-CIM-RC), que contemple o conhecimento das especificidades sectoriais do território, a avaliação da sua vulnerabilidade atual e futura às alterações climáticas, assim como a identificação, definição e priorização de medidas de adaptação específicas, contribuindo para a integração da adaptação nos instrumentos governativos, em particular nos planos, políticas e medidas da CIM-RC e de seus Municípios.
São objetivos do PIAAC-CIM-RC:
I. Melhorar o conhecimento sobre as relações diretas e indiretas que o clima e a sua alteração têm sobre o sistema natural e social da CIM-RC, focando áreas temáticas tidas como prioritárias; 
II. Contribuir para a definição de uma estratégia que permita reduzir a vulnerabilidade do território da CIM-RC aos impactes das alterações climáticas, através da promoção da adaptação com base na evidência científica, no conhecimento contextual dos técnicos municipais e nos contributos das suas populações; 
III. Explorar oportunidades em alguns segmentos socioeconómicos; 
IV. Contribuir para a integração da adaptação nos instrumentos governativos existentes, em particular nos planos, políticas e medidas da CIM-RC e dos seus Municípios.” 
In PIAAC-CIM-RC, set. 2017.

Energia Solar

A energia solar é aquela que resulta da captação de energia luminosa e térmica proveniente do sol.
Do ponto de vista tecnológico, as aplicações da energia solar podem ser divididas em dois grandes grupos: as aplicações térmicas e a produção de eletricidade.
 
Sistemas  Solares Térmicos
Um sistema solar térmico é uma instalação que permite utilizar de energia natural do sol para aquecimento de água.
Um sistema bem dimensionado permite poupar anualmente até 80% da energia necessária para o aquecimento de águas quentes sanitárias numa habitação doméstica. Nos meses de verão um sistema solar térmico fornece-lhe mais de 100% das suas necessidades de águas quentes sanitárias, podendo o seu excedente ser aproveitado para outros fins.
Para além do setor doméstico, existem também aplicações de grandes dimensões, nomeadamente em piscinas, recintos gimnodesportivos, hotéis e hospitais.
Também o setor industrial é suscetível de utilizar sistemas solares térmicos, quer para aquecimento de águas sanitária, quer quando há necessidade de água quente de processo a baixa ou média temperatura.
 
Sistemas Fotovoltaicos     
A energia solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica por intermédio das células fotovoltaícas.
A energia elétrica produzida pode ser vendida à rede ou  utilizada para autoconsumo através de UPAC – Unidades de Produção de Auto Consumo.
Na maioria das habitações o consumo energético está concentrado no período norturno. Para este cenário deve optar-se por um sistema de reduzida dimensão, de forma a fazer face aos consumos permanentes. Se a ocupação diurna for importante, poderá então ser de interesse aplicar uma solução com potências superiores, mesmo que abaixo dos 1500 W.
De um modo geral as empresas apresentam o perfil que melhor se adapta às características do autoconsumo fotovoltaico, uma vez que o seu consumo energético ocorre essencialmente durante período diurno que coincide com as horas de produção fotovoltaica. Sendo também nesse período que a  compra de energia é  mais cara, tarifários e pontas e cheias.
De acordo com a legislação em vigor , unidades com potência até 200 W não estão sujeitas a qualquer controlo prévio e para soluções entre 200 e 1500 W apenas  é necessário  efetuar uma comunicação prévia.
 
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
- A energia solar como todas as energias renováveis não polui;
- As centrais necessitam de manutenção mínima;
- Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem caindo. Tornando a energia solar uma solução economicamente viável;
- A energia solar não apresentar qualquer tipo de poluição sonora, contraditoriamente a certas energias.
Desvantagens:
- Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica, além de que durante a noite não existe produção alguma;
- Locais em latitudes médias e altas sofrem quedas substanciais de produção durante os meses de inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
- As formas de armazenamento da energia solar são ainda pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis e à energia hidroelétrica;
- As centrais fotovoltaicas têm custo de construção elevados e a sua   construção ocupa um grande espaço, que pode levar a destruição de habitats ou deslocações de animais.
 
 

Energia Eólica
A energia eólica diz respeito à transformação da energia do vento em energia útil. O aproveitamento do vento é remota, desde a antiguidade que a força do vento, era utilizada  nos barcos que se moviam impulsionados por este através de velas e os  moinhos trabalhavam graças à força do vento para  moer e  obter farinha.
Hoje em dia, a energia do vento é essencialmente aproveitada para produzir eletricidade. Esta transformação é conseguida através de aerogeradores que  são colocados estrategicamente em zonas ventosas, normalmente  em zonas de maior altitude A energia do vento pode, portanto, ser aproveitada e transformada em energia elétrica e mecânica.
 
Aproveitamento da energia eólica no setor doméstico e industrial
Atualmente existem no mercado sistemas micro-produção eólica residencial, capazes de trabalhar em áreas urbanas e comerciais, devido ao seu baixo nível de ruído.
Quando existe vento suficiente o equipamento produz energia para a sua residência. Nas ocasiões em que não exista vento o sistema automaticamente altera o modo para fornecimento de energia através do fornecedor de energia elétrica normal.
Pode ainda utilizar a energia eólica em combinação com os sistemas fotovoltaicos, energia solar, uma vez que estes se complementam.
 
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
- É inesgotável;
- Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
- Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).
- Os parque eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado;
- Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
- Benefícios financeiros (proprietários e zonas camarárias).
Desvantagens
- A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
- Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem hidroelétrica.
- Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
- Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
- Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43dB(A)). As habitações mais próximas deverão estar, no mínimo a 200 metros de distância.
 
 

Energia da Biomassa
A biomassa é a matéria orgânica de origem vegetal ou animal, que pode ser utilizada no estado sólido, líquido ou gasoso:
Biomassa sólida tem como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os resíduos das florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
Biomassa líquida existe em uma série de bicombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos com origem nas chamadas “culturas energéticas”. São exemplos o biodiesel, obtido a partir de óleos de colza ou girassol; o etanol, produzido com a fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido, celulose); e o metanol, gerado pela síntese do gás natural.
Biomassa gasosa é encontrada nos efluentes agropecuários provenientes da agroindústria e também nos aterros de RSU. O efluente produzido resulta da degradação biológica anaeróbia da matéria orgânica, sendo produzida uma mistura de metano e gás carbónico. Esses gases são submetidos a combustão para a produção de energia.
 
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
- Tem um baixo custo de produção e de aquisição;
- É uma energia renovável;
- Permite o reaproveitamento de resíduos;
- É menos poluente do que outras formas de energias, como aquela que é obtida a partir de combustíveis fósseis;
- Verifica-se uma menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos, etc).
Vantagens da produção de biodiesel através de óleos alimentares usados (OAU):
- Diminuição dos impactes provocados pelos OAU’s como resíduo, como na obstrução de tubagens e no mau funcionamento de ETAR’s, quando os mesmos são introduzidos no esgoto, e também na formação de metano, que é um gás com elevado potencial de efeito de estufa, quando destinado para o Aterro Sanitário;
- Produção de um combustível mais “limpo” e renovável;
- Produção de um combustível mais lubrificante, e como tal com capacidade para aumentar o tempo de vida do motor;
- Produção de um combustível biodegradável e isento de enxofre.
Desvantagens:
- Possui um menor poder calorífico quando comparado com outros combustíveis;
- Dificuldades no transporte e no armazenamento de biomassa sólida;
- Maior possibilidade de produção de material particulado para a atmosfera. Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos para remoção de material particulado;
- É a única fonte de energia renovável poluente, Uma vez que há a queima de resíduos orgânicos para obter energia, o que origina a libertação para a atmosfera de dióxido de enxofre e óxidos de azoto.
 
Aproveitamento da energia da Biomassa no setor doméstico e industrial
Quer para o setor doméstico quer para o industrial a nível de biomassa florestal o mercado oferece uma gama de biocombustíveis florestais que se adaptam a qualquer necessidade.
Estilha: são fragmentos, com <10 cm, provenientes do estilhaçamento da biomassa florestal que é gerada na floresta.
Pellets: resultam da trituração da biomassa florestal e de subprodutos lenhosos da indústria transformadora da madeira. Este material, uma vez triturado e seco, é compactado em cilindros de 6mm de diâmetro, homogéneos, de grande poder calorifico.
Briquetes: A biomassa sofre o mesmo processo que no caso dos pellets, mas são transformados em cilindros de maior dimensão, normalmente menores que 10cm de diâmetro e até 50 cm de largura, substituindo a lenha tradicional
Lenha: a biomassa florestal seca-se ao ar e corta-se formando peças de dimensão normalizada. Usa-se principalmente em lareiras ou fornos tradicionais.
 
 

Energia Hídrica
A energia hídrica é, nem mais nem menos, a energia proveniente do movimento das águas. É produzida através do aproveitamento do potencial hidráulico existente num rio, utilizando desníveis naturais (quedas de água), ou artificiais, produzidos pelo desvio do curso original do rio.
Esta fonte de energia resulta da transformação da energia potencial de uma massa de água em energia cinética de rotação da turbina hidráulica, que por sua vez se transforma em energia elétrica.
As centrais hidroelétricas estão distribuídas por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país.
 
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
- É uma energia renovável, isto é, que não se esgota;
- A sua fiabilidade e a resposta às variações de procura são elevadas;
- O seu custo de produção é baixo;
- Não polui o ambiente;
- Proporciona desenvolvimento local (estabelecimento de vias fluviais, construção de vias de comunicação, fomento de atividades de lazer e de turismo, etc).
- Permite uma forma de abastecimento local para regadios, etc.
Desvantagens:
- Provoca a erosão de solos, os quais consequentemente afetam a vegetação local;
- Pode provocar o deslocamento de populações ribeirinhas e o alargamento de terra (dependendo, claro, do tipo de relevo e da região onde se localiza o empreendimento);
- A sua construção exige a formação de grandes reservatórios de água que acabam por provocar profundas alterações nos ecossistemas;
- Elevados custos de instalação e de desativação.
 
 

Energia Geotérmica
A energia geotérmica é a energia obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra. Os vulcões, as fontes termais e as fumarolas são manifestações conhecidas desta fonte de energia.
Atualmente, é utilizada em estações termais para fins medicinais e de lazer, mas também pode ser utilizada no aquecimento ambiente e de águas sanitárias, bem como, estufas e instalações industriais.
Existem três formas de utilizar a energia geotérmica:
1. Utilização direta: reservatórios geotérmicos de temperaturas baixas moderadas (20ºC-150ºC) podem ser aproveitadas diretamente para fornecer calor para a indústria, aquecimento ambiente, termas e outros aproveitamentos comerciais
2. Bombas de calor geotérmicas (BCG): Aproveitam as diferenças de temperatura entre o solo e o ambiente, fornecendo calor e frio. Funcionam pelo bombeamento da água através de um tubo inserido no solo, que através da diferença de temperatura do subsolo aquecem ou arrefecem água e, em seguida, o ar dentro dos edifícios.
3. Centrais Geotérmicas: aproveitamento direto de fluidos geotérmicos em centrais a altas temperaturas (> 150 ºC), para movimentar uma turbina e produzir energia elétrica.
 
Aproveitamento da energia geotérmica no setor doméstico e industrial
A energia geotérmica pode ser aproveitada através da utilização de bombas de calor, que podem ser instalados em residências, no comércio e indústria.
A bomba extrai energia a uma certa temperatura, aumenta essa temperatura e liberta-a num meio que, nos casos mais comuns é a água que vai para os radiadores de baixa temperatura, sistema de chão radiante ou unidades ventilo-convectoras, bem como para aquecimento de águas sanitárias.
Esta tecnologia aproveita o facto de a temperatura do subsolo permanecer relativamente constante todo o ano, superior à temperatura do ar no inverno e inferior no verão.
Durante o verão, as bombas de calor são capazes de retirar o calor do edifício e devolvem-no ao subsolo. Durante o inverno a bomba de calor transfere o calor do subsolo, ou de águas subterrâneas, para o interior do edifício. Ou seja, o subsolo age como uma fonte de calor no inverno e um depósito de calor no verão.  
 
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
- Menos poluição, proporcionando um ambiente energético alternativo, que evite a queima de combustíveis fósseis;
- Pequena quantidade de solo necessário para construir centrais geotérmicas;
- Contra outros tipos de fontes de energia renováveis, como energia eólica ou da energia solar, a energia geotérmica pode ser utilizada para a produção de eletricidade 24h/dia;
Desvantagens
- Se não for usado em pequenas zonas onde o calor do interior da Terra vem à superfície através de géiseres e vulcões, então a perfuração dos solos para a introdução de canos é muito  dispendiosa;
- Os antigelificantes usados nas zonas mais frias são poluentes: apesar de terem uma baixa toxicidade, alguns produzem CFCs e HCFCs;
- O baixo custo da manutenção da bomba de sucção de calor (que por estar situada no interior da Terra ou dentro de um edifício não está exposta ao mau tempo e a vandalismo), é contrabalançado pelo elevado custo de manutenção dos canos (onde a água causa corrosão e depósitos minerais);
- Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades prejudiciais do ácido sulfídrico (H2S) são fatores que inquietam os apoiantes deste tipo de energia.

Em resultantes do desenvolvimento urbano e industrial, mas também devido a fenómenos naturais o Ar tem sofrido alterações da sua composição química natural, vindo a deteriorando-se.
Estas alterações produzem efeitos  como o aquecimento global e consequentes mudanças climáticas, a deterioração da camada de ozono na alta atmosfera que protege da incidência de raios nocivos, mas também de uma forma mais localizada, a degradação do ar respirável.

Uma boa qualidade do ar constitui um aspecto essencial na manutenção da saúde do ser humano, do ambiente e do património construído. Assim a melhoria e a preservação da qualidade do ar tem sido nas últimas décadas uma preocupação prioritária da União Europeia.

Enquadramento Legal
O Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Setembro, que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva 2008/50/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Maio, relativa à qualidade do ar ambiente e a um ar mais limpo na Europa - Directiva CAFE, que resultou da revisão da Directiva-quadro relativa à avaliação e gestão da qualidade do ar ambiente (Directiva n.º 96/62/CE, de 27 de Setembro), que estabelece medidas destinadas a definir e fixar objectivos relativos à qualidade do ar ambiente, com o fim de evitar, prevenir ou reduzir os efeitos nocivos para a saúde humana e para o ambiente.

A Agência Portuguesa do Ambiente no âmbito do Sistema de Monitorização de Qualidade do Ar em Portugal criou uma aplicação online, QualAr,  que visa centralizar todos os dados de qualidade do ar medidos em Portugal e disponibilizar  essa informação ao público em geral, através do  Índice de Qualidade do Ar (Iqar).

Na Região Centro  no âmbito deste  sistema de monitorização estão definidas três Zonas e duas Aglomerações: Zonas Centro Interior, Centro Litoral e de Influência de Estarreja; Aglomerações de Coimbra e de Aveiro/Ílhavo. A monitorização é efectuada por analisadores de funcionamento contínuo instalados em abrigos, sendo os dados recolhidos remotamente para um computador que armazena todos os dados medidos.
 
Diariamente, é disponibilizado pela Agência Portuguesa do Ambiente o Índice da Qualidade do Ar, com base em informação recolhida pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional a partir de valores médios de concentração dos seguintes poluentes:
- Dióxido de azoto (NO2)
- Dióxido de enxofre (SO2)
- Ozono (O3)
- Monóxido de carbono (CO)
 -Partículas inaláveis (PM10)

 

Conselhos de Saúde em função do IQar

Índice Conselhos de Saúde
Mau
  • Todos os adultos devem evitar esforços físicos ao ar livre.
  • Os grupos sensíveis (crianças , idosos e indivíduos com problemas respiratórios) deverão permanecer em casa com as janelas fechadas e utilizando de preferência sistemas apropriados de circulação/refrigeração do ar.
Fraco
  • As pessoas sensíveis (crianças , idosos e indivíduos com problemas respiratórios) devem evitar actividades físicas intensas ao ar livre.
  • Os doentes do foro respiratório e cardiovascular devem ainda respeitar escrupulosamente os tratamentos médicos em curso ou recorrer a cuidados médicos extra, em caso de agravamento de sintomas.
  • A população em geral deve evitar a exposição a outros factores de risco, tais como o fumo do tabaco e a exposição a produtos irritantes contendo solventes na sua composição.
Médio
  • As pessoas muito sensíveis, nomeadamente crianças e idosos com doenças respiratórias devem limitar as actividades ao ar livre.
Bom
  • Nada a assinalar
Muito Bom
  • Nada a assinalar

 

Saiba mais em Por um País com Bom Ar, campanha  promovida pela APA- Agência Portuguesa do Ambiente, I.P

No concelho de Mira estão inventariadas mais de 200 espécies de aves, 12 de peixes, 13 de anfíbios, 12 de répteis e 22 de mamíferos.

Nas plantas, entre herbáceas, arbustivas e arbóreas, podemos encontrar mais de 400 espécies florísticas.

São estes os mundos de escala menor que o convidamos a explorar!

Como a biodiversidade existente no concelho de Mira é de tal forma elevada, não é possível incluir todas as espécies em dois pequenos primeiros guias da flora e fauna do concelho de Mira.

No entanto, e enquanto não são disponibilizados guias temáticos mais completos, selecionámos, por habitats dominantes, um conjunto vasto de espécies mais comuns e de fácil observação, para tornar o desafio mais apelativo e criar mais dinâmica de participação na nossa sociedade.

(em http//: www.biodiversity4all.com pode submeter registos das suas observações da flora e fauna, que serão validados por especialistas e que poderão ser visualizados por todos os que acedam a este sitio da Internet. Caso submeta tal informação nessa página, ainda pode e deve dar-nos conhecimento para: ambiente@cm-mira.pt)

Não espere mais! Saia de casa para a disfrutar da natureza de Mira, sozinho, com amigos ou em família, e ajude‑nos a conhecer melhor a nossa biodiversidade. O seu conhecimento, envolvimento e participação farão a diferença. 

O Plano Municipal da Água (PMA) foi solicitado pela Associação dos Municípios da Ria (AMRia) à Universidade de Aveiro e foi desenvolvido em colaboração com o Instituto do Ambiente e Desenvolvimento (IDAD) e os 11 municípios da AMRia.

O PMA é constituído pelos seguintes relatórios:

Diagnóstico – a caracterização da situação atual no que respeita ao recurso hídrico na área territorial dos municípios;

Plano de Acão – as linhas orientadoras e estratégias a seguir no âmbito da gestão do recurso hídrico às escalas municipal e intermunicipal.

Os municípios abrangidos pelo estudo são: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.

Consulte o Diagnóstico e Plano de Acão nos Documentos abaixo apresentados.

“As espécies vegetais com as suas diferentes formas, coloridos, estruturas, texturas e volumes, constituem elementos plásticos com os quais se pode aumentar o interesse estético de muitos espaços urbanos, equilibrando a composição dos volumes construídos, com a introdução de adequadas superfícies vegetais.” In Araújo, I. Alves. Problemas da Paisagem Urbana, Lisboa, 1961.
Os espaços verdes, além de adornar, possuem valor ecológico devido ao seu contributo para a purificação do ar, para a diminuição da poluição sonora e diminuição do impacto das chuvas. Melhoram o microclima, promovendo a conveniente circulação da água e do ar, proporcionam sombra e refúgio para inúmeras espécies de animais valorizando assim a vida local. Também desempenham um papel educacional muito importante.
 

A Câmara Municipal de Mira consciente da importância que os Espaços Verdes Urbanos (EVU) representam como componente indispensável da qualidade de vida urbana e de integração na paisagem, valorizará este recurso através da promoção, divulgação e requalificação de seus EVU e Parques de Lazer.